Fez-se tarde e não foi por mero acaso
Que o Sol se pôs mais cedo nesse dia;
Talvez fosse outro, o mundo que surgia
Depois daquele precoce e estranho ocaso
Ou talvez fosse a Noite, num atraso,
Que nenhum deles, decerto, preveria,
Que, não querendo abrir mão do que sentia,
Teimou em não cumprir esse seu prazo…
Mas, fosse por que fosse, aconteceu
Que a noite se acendeu num louco céu
Que ninguém poderia ter explicado,
Que o coração mais forte lhe bateu
E quase lhe parou quando irrompeu
A Lua que entoava um velho fado...
Maria João Brito de Sousa – 19.01.2011 – 20.52h